17187
Comentário:
|
17717
|
Deleções são marcadas assim. | Adições são marcadas assim. |
Linha 1: | Linha 1: |
[[TableOfContents]] |
|
Linha 3: | Linha 5: |
Este é o Guia do PythonBrasil para uma rápida introdução à linguagem Python. O guia começa primeiro contextualizando Python para em seguida começar a falar da estrutura da linguagem propriamente dita. Este tutorial exige que se tenha algum conhecimento de programação, saber que um programa é a maneira que dizemos ao computador como efetuar (passo-a-passo) alguma tarefa já é um bom começo! |
Este é o Guia do PythonBrasil para uma rápida introdução à linguagem Python. O guia começa primeiro contextualizando Python para em seguida falar da estrutura da linguagem propriamente dita. Este tutorial exige que se tenha algum conhecimento de programação, saber que um programa é a maneira que dizemos ao computador como efetuar (passo-a-passo) alguma tarefa já é um bom começo! O conhecimento básico de algoritmo e estruturas de dados. |
Linha 9: | Linha 11: |
O Python é uma linguagem de programação moderna, de sintaxe simples | O Python é uma linguagem de programação moderna, de sintaxe agradável |
Linha 14: | Linha 16: |
* É uma linguagem de tipagem dinâmica. Não se declarara o tipo de variáveis, retornos de funções, parâmetros. Os tipos são identificados de acordo com o uso que fazemos deles. | * É uma linguagem de tipagem dinâmica. Não se declarara o tipo de variáveis, retornos de funções e parâmetros. Os tipos são identificados de acordo com o uso que fazemos deles. |
Linha 22: | Linha 24: |
* Aceita outros paradigmas bastantes úteis, como a programa modular, para evitar a "poluição" de nomes e a programação funcional, para descrever mais facilmente determinados algoritmos. | * Aceita outros paradigmas de programação bastantes úteis, como a programa modular, para evitar a "poluição" de nomes e a programação funcional, que descreve mais facilmente determinadas estruturas. |
Linha 30: | Linha 32: |
Praticamente tudo o que se faria com qualquer linguagem de programação, seja ela interpretada ou compilada. Pode-se fazer protótipos de sistemas, automatizar tarefas repetitivas como manipulação de texto, cópia de arquivos e outros (fazer ''scripts'' como é comumente conhecido). Pode-se também criar programas que funcionam no modo texto, tanto interativos como servidores (ou daemons). Pode-se fazer programas em modo gráfico usando a interface nativa do seu sistema, ou então utilizando Tk, GTk, Qt, wxWidgets e tantas outras. Programas que operam em rede e Internet, banco de dados, escrever aplicações comerciais e científicas. A lista é grande e só depende da criatividade do programador! | Praticamente tudo o que se faria com qualquer linguagem de programação, seja ela interpretada ou compilada. Pode-se fazer protótipos de sistemas, automatizar tarefas repetitivas como manipulação de texto, cópia de arquivos e outros (fazer ''scripts'' como é comumente conhecido). Pode-se também criar programas que funcionam no modo texto, tanto interativos como servidores (ou daemons). Pode-se fazer programas em modo gráfico usando a interface nativa do seu sistema, ou então utilizando Tk, GTk, Qt, wxWidgets e tantas outras. Programas que operam em rede e Internet, banco de dados, escrever aplicações comerciais e científicas. A lista é grande e só depende da criatividade do programador! |
Linha 34: | Linha 38: |
A primeira coisa que me vem à mente agora é criar um kernel a partir do zero. Acho que escrever programas "baixo nível" não é legal com Python, como drivers, ou coisas do gênero. | Em teoria, qualquer coisa, mas, na prática, devido à recursos de CPU, implementação e uso de memória, isso nem sempre é verdade. Criar um ''kernel'' de um sistema operacional a partir do zero poderia até ser feito, mas, com certeza, o desempenho seria pouco adequado para o uso no mundo de verdade, não passaria de um brinquedo. Em resumo, sistemas de muito baixo nível, como ''kernel' de sistema operacional ou rotinas relacionadas e controladores de dispositivos, são pouco adequados de serem desenvolvidos em Python. Para isso, é melhor utilizar-se de uma linguagem compilada, como C ou C++. |
Linha 42: | Linha 48: |
== Aonde eu adquiro o Python? == | == De onde eu adquiro o Python? == |
Linha 189: | Linha 195: |
Se você programa em C, vai perceber que o for em Python é diferente. Ele itera sobre listas. Por exemplo: | Se você programa em C, vai perceber que o {{{for}}} em Python é diferente. Ele itera sobre listas. Por exemplo: |
Linha 198: | Linha 204: |
Ou seja, para cada elemento da lista, itere. Você terá acesso ao item corrente (print membro). Se quiser fazer iterações sobre progressões aritméticas, use a função range, que cria uma lista de inteiro em seqüência. Exemplo: | Ou seja, para cada elemento da lista, itere. Você terá acesso ao item corrente ({{{print membro}}}). Se quiser fazer iterações sobre progressões aritméticas, use a função {{{range}}}, que cria uma lista de inteiro em seqüência. Exemplo: |
Guia de Introdução à Linguagem Python
Este é o Guia do PythonBrasil para uma rápida introdução à linguagem Python. O guia começa primeiro contextualizando Python para em seguida falar da estrutura da linguagem propriamente dita.
Este tutorial exige que se tenha algum conhecimento de programação, saber que um programa é a maneira que dizemos ao computador como efetuar (passo-a-passo) alguma tarefa já é um bom começo! O conhecimento básico de algoritmo e estruturas de dados.
O que é Python?
O Python é uma linguagem de programação moderna, de sintaxe agradável e recursos poderosos. A linguagem tem alguns pontos que a tornam especial:
- É uma linguagem interpretada. Não é necessário perder tempo no processo de editar, compilar e executar. Basta editar e executar para ver o resultado.
- É uma linguagem de tipagem dinâmica. Não se declarara o tipo de variáveis, retornos de funções e parâmetros. Os tipos são identificados de acordo com o uso que fazemos deles.
O controle de bloco de comandos é feito apenas por alinhamento, não há delimitadores do tipo Begin e End do Pascal ou { e } da linguagem C. Não se assuste, isso pode ser muito interessante!
Oferece tipos de dados de alto nível como strings de verdade, dicionários (também conhecido por hashes ou arranjos associativos), listas, tuplas, classes, etc.
- É orientada a objetos. Aliás, tudo em Python é um objeto inclusive os tipos primitivos.
- Aceita outros paradigmas de programação bastantes úteis, como a programa modular, para evitar a "poluição" de nomes e a programação funcional, que descreve mais facilmente determinadas estruturas.
Nas próximas seções estes aspectos serão discutidos com mais detalhes.
Em parte retirado de: http://www.async.com.br/projects/python/pnp/node3.html
O que eu posso fazer com Python?
Praticamente tudo o que se faria com qualquer linguagem de programação, seja ela interpretada ou compilada. Pode-se fazer protótipos de sistemas, automatizar tarefas repetitivas como manipulação de texto, cópia de arquivos e outros (fazer scripts como é comumente conhecido).
Pode-se também criar programas que funcionam no modo texto, tanto interativos como servidores (ou daemons). Pode-se fazer programas em modo gráfico usando a interface nativa do seu sistema, ou então utilizando Tk, GTk, Qt, wxWidgets e tantas outras. Programas que operam em rede e Internet, banco de dados, escrever aplicações comerciais e científicas. A lista é grande e só depende da criatividade do programador!
O que eu não posso fazer com Python?
Em teoria, qualquer coisa, mas, na prática, devido à recursos de CPU, implementação e uso de memória, isso nem sempre é verdade. Criar um kernel de um sistema operacional a partir do zero poderia até ser feito, mas, com certeza, o desempenho seria pouco adequado para o uso no mundo de verdade, não passaria de um brinquedo.
Em resumo, sistemas de muito baixo nível, como kernel' de sistema operacional ou rotinas relacionadas e controladores de dispositivos, são pouco adequados de serem desenvolvidos em Python. Para isso, é melhor utilizar-se de uma linguagem compilada, como C ou C++.
Python e Perl são linguagens com propósitos bastante parecidos. A vantagem do Python é a sua regularidade e facilidade de leitura (e se você já programou em Perl, sabe que isso é importante! Alguém tem/quer exemplos?). Python e Java são linguagens bem diferentes, o que torna a comparação difícil ou sem signficado. Python sugere um desenvolvimento rápido, do tipo "editar-executar" (Python compila automaticamente quando executamos o programa). Java exige que o programador declare tipos, visibilidade de funções, separe cada classe (pública) em arquivos diferentes, e o desenvolvimento é do tipo "editar-compilar-executar" (ainda que o arquivo gerado tenha que ser interpretado...). Outra vantagem do Python são suas estruturas de dados tais como listas e dicionários que são nativas à linguagem. Java usa classes de sua biblioteca padrão para prover essas funcionalidades, mas geralmentes são necessários muito mais comandos (e
O site oficial é: http://www.python.org/, para baixar os arquivos para poder instalar o interpretador e a biblioteca padrão basta ir no endereço http://www.python.org/download/.
Para instalar o Python em Linux você dispõe de 2 opções: Para instalar a partir dos fontes basta seguir os procedimentos abaixo: Baixe o arquivo com os fontes [http://www.python.org/download/ aqui]. Certifique-se que as bibliotecas necessárias para compilar o Python e os arquivos de cabeçalhos dessas bibliotecas (geralmente esses arquivos ficam nos pacotes -devel das distribuições) estejam instalados: Adicione o diretório do interpretador no PATH caso ele ainda não esteja e teste para ver se tudo está funcionando corretamente:
No site ofical tem um instalador pra Windows que é muito simples! Nem parece que está instalando uma linguagem de programação...
TODO
Se você NUNCA programou antes, é necessário entender alguns conceitos básicos. Por exemplo: você sabe o que é um "executável" certo? Experimente abrir um arquivo desses em algum editor de textos. A não ser que você tenha vivido anos na Matrix, não entenderá nada! Isso acontece porque o programa está escrito, ali, em linguagem de máquina, ou seja, apesar de você não entender nada, o computador entende muito bem. Mas não pense que alguém escreveu aquilo do jeito que está. Também não foi escrito ao estilo "morse" (10010010110)... inicialmente, o programador escreveu o que chamamos de "código-fonte" em alguma linguagem de programação, como C, C++, Pascal, e, depois de terminado, compilou o código, ou seja, traduziu de C, C++, Pascal para linguagem de máquina (também chamada de Assembly). Essas linguagens que eu citei acima são as linguagens compiladas, pois antes de serem executadas, seus códigos-fonte devem ser devidamente compilados. Python não é compilada, mas sim interpretada, assim como PHP, Perl e muitas outras, ou seja, não há o processo de compilação. O que acontece é que o código-fonte (ou script) é "traduzido" direto, através de um interpretador (imagine que ele é um intérprete mesmo, pois é assim que funciona!). Observação: Geralmente, quando uma linguagem é interpretada, existe um código intermediário ( Tal fato adiciona muita produtividade à linguagem, já que o processo de programar é somente escrever-rodar, ao contrário de escrever-compilar-rodar. Veja que o ciclo dum programa interpretado é bem mais eficiente, pois a fase de testes é MUITO simplificada: Python: escrever-testar-corrigir-escrever-testar-distribuir C: escrever-compilar-testar-corrigir-compilar-testar-distribuir Tecnicamente, qualquer linguagem pode ser compilada ou interpretada, mas as linguagens mais dinâmicas geralmente são interpretadas e as mais estáticas (estilo declare-antes-de-usar) são compiladas. Se você já tem um interpretador instalado em seu sistema, experimente escrever o seguinte script:
O interpetador já sabe que x é um inteiro e FRASE é uma
decimal
Se você programa em C, vai perceber que o for em Python é diferente. Ele itera sobre listas. Por exemplo: Ou seja, para cada elemento da lista, itere. Você terá acesso ao item corrente (print membro). Se quiser fazer iterações sobre progressões aritméticas, use a função range, que cria uma lista de inteiro em seqüência. Exemplo:
Uma das características que me surpreendeu foi a facilidade de criar módulos simples. Por exemplo, se você quer criar um módulo chamado (Melhorar: exemplos mais completos, descrição menos concisa e mais fácil de seguir, talvez explicar packages).
Um módulo Python é como se fosse um pedaço de programa que você, como programador, decidiu que ficaria melhor separado do todo. Essa decisão geralmente é tomada sobre estruturas que são usadas em diversos programas. Isso facilita nossa vida, pois já não precisamos "copiar e colar" as coisas de um lado para outro. Claro, módulos podem ser mais complexos em certos pontos de vista. Eu mesmo não vejo nada de muita complexidade. Pura praticidade!
Criar uma classe em Python é muito simples. Acompanhe o exemplo: A classe criada chama-se Pessoa. É costume nomear classes DesteJeito em vez de deste_jeito. Assim, fica fácil de distinguir as classes dos objetos, das variáveis, das funções, etc. Essa convenção de nomenclatura é usada em Java, Ruby, Python e em outras linguagens (já que os programadores acabam levando esse costume de uma linguagem pra outra). Voltando à classe Pessoa. Nela definimos duas funções (funções dentro classes geralmente são chamadas de Classes podem ser muito bem utilizadas, mas algumas vezes são péssimas opções. Assim como tudo em programação, saiba usá-las com parcimônia. Exemplos, pra terminar:
Herança é um recurso poderoso da programação orientada a objetos que permite reutilizar o código de classes já definidas. O Python suporta herança múltipla, ou seja, é possível criar uma nova classe a partir de várias outras (esse recurso deve ser usado com cuidado, pois isso dificulta a manuntenção) Exemplo:
(Sugestão: Coloca o programa sim! Assim o tutorial "cresce" junto com o leitor, em vez de ficar só no conhecimento básico - tem é que mergulhar fundo! Ao infinito e além!!) Por que eu deveria usar Python e não Perl, Java ou outra linguagem?
De onde eu adquiro o Python?
Linux
$ tar zxvf Python-VERSAO.tgz
$ ./configure
$ make
# make install # esse comando deverá ser executado como root
$ PATH=$PATH:/usr/local/bin; export PATH
$ python
Windows
Macintosh
Entendendo Python
1 print "Olá, mundo"
Tipos de dados, constantes, variáveis e expressões
string. Mas isso não lhe impede de, posteriormente, escrever 1 x = 2 #inteiro
2
3 p = 3.1415 #real, ou ponto flutuante
4
5 estringue = 'alguma frase' #string
6
7 lista = [3, 4, 5] #lista com elementos inteiros
8
9 lista2 = [2,'tres',4.0,[5,6]] #lista mista e aninhada
10
11 tupla = (1,2,3,'quatro') #isso se chama tupla. É como uma lista, mas não pode ser mudada
12
13 # tuplas de 0 ou 1 elementos têm sintaxes especial:
14 tupla0 = ()
15 tupla1 = ('primeiro e único item',) # repare na vírgula
16
17 # Em alguns casos (atribuições, returns), os parênteses são opcionais,
18 # mas na maioria das vezes (tuplas dentro de listas, tuplas dentro de chamadas de funções)
19 # os parênteses são necessários porque a vírgula faz parte de outra sintaxe
20 coord = 4.5, 9.1
21 cor_branca = 255, 255, 255 # cor no formato RGB
22 funcao((4.5, 9.1), 'string')
23
24 dic = {'site':'Python Brasil','url':'www.pythonbrasil.com.br'} # isso é um dicionário
Tipos simples
(proposto, ainda não faz parte do Python) (Números fracionários representados de forma decimal em vez de binária) Tipos agrupados (listas, tuplas, dicionários)
Estuturas de controle
Estruturas de iteração ou loop
if not odeio_metallica:
metallica = ['James','Kirk','Lars','Trujillo']
for membro in metallica:
print membro
Tratamento de erros e exceções
Módulos
Pequeno complemento:
Classes
1 class Carro:
2 def __init__(self, preco):
3 self.marca = "Ford"
4 self.modelo = "Maverick"
5 self.ano = 74
6 self.cor = [0,200,50]
7 self.pos = [0,0]
8 def andar(x,y)
9 self.pos[0] = self.pos[0]+x
10 self.pos[1] = self.pos[1]+y
11
12 carango = Carro(5000) #passa o valor 5000 para __init__()
13
14 for i in range(300):
15 carango.andar(1,0) #o carro anda 300m
Herança
1 # definindo uma classe 'pai'
2 class CD:
3 def __init__(self, titulo):
4 self.titulo = titulo
5
6 def mudarTitulo(self, novoTitulo):
7 self.titulo = novoTitulo
8
9 # definindo uma classe 'filha'
10 class CDAudio(CD):
11
12 def __init__(self, titulo, autor):
13 CD.__init__(self, titulo)
14 self.autor = autor
15 self.faixas = []
16
17 def adicionarFaixa(self, numero, nome):
18 self.faixas.append((numero, nome))
19
20 def removerFaixa(self, numero, titulo):
21 self.faixas.remove((numero, nome))
22
23 novoCD = CDAudio('Physical Graphitte', 'Led Zeppelin');
24
25 novoCD.adicionarFaixa(1,'Custard Pie')
26 novoCD.adicionarFaixa(2,'The Rover')
27
28 print dir(novoCD)
29 print "CD: %s, %s" % (novoCD.titulo, novoCD.autor)
30 print novoCD.faixas
Um exemplo Completo
Pretendo deixar um aplicativo de exemplo para sintetizar tudo. Uma idéia que me ocorreu agora é fazer um programinha gráfico (usando tk) de perguntas e repostas (quiz). Não sei se é confundir muito botar tk no meio, mas creio que se a pessoa entendeu o tutorial vai ser capaz de entender um pouco do código, mesmo porque com o quiz eu posso usar dicionários, listas, abrir/fechar arquivos (aka usar módulos), talvez usar classes e mostrar um exemplo prático que teoricamente rodaria em todas as plataformas.