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'''Internacionalizando programas feitos com PyGtk e Libglade''' | '''Internacionalizando programas feitos com PyGtk e LibGlade''' |
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''Pedro Kröger'' | ''Leandro Resende Mattioli'' |
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Última atualização: 02.10.2004 | Última atualização: 02/02/2009 |
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Este pequeno tutorial mostra como utilizar a internacionalização (i18n) em aplicações Python que utilizam PyGtk e LibGlade. Com a internacionalização, o idioma do programa é definido em tempo de execução, de acordo com variáveis do sistema. As etapas aqui descritas servem para qualquer sistema operacional GNU/Linux baseado na distribuição Debian, como por exemplo o Ubuntu. Com algumas modificações, no entanto, é possível aproveitar este tutorial para outras distribuições ou mesmo outros sistemas operacionais. | |
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Se você tem escrito programas usando o PyGtk e libglade (veja tutorial em LibGlade) pode ter interesse em torná-los internacionalizados. Ou seja, a linguagem do programa (o menu, mensagens de texto, etc.) será definida pela locale do sistema. |
= Pré-requisitos = Este tutorial parte do princípio que o leitor esteja familiarizado com algum ambiente GNU/Linux baseado no Debian GNU/Linux (ou o próprio Debian, é claro). Além disso, o tutorial supõe que o leitor já tenha uma aplicação feita em PyGtk e LibGlade. |
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(em construção...) | |
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Os seguintes pacotes deverão estar instalados: * Python 2.5 * Gtk+ |
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* Python 2.3 | * LibGlade |
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* Gtk+ 2.4.1 * Libglade 2.4.0 |
* intltool A maioria destes pacotes já vêm configurados por padrão praticamente em todas as distribuições Linux atuais. Caso seja necessário instalar, por exemplo, o intltool no Debian, basta executar os seguintes comandos: {{{ su apt-get install intltool }}} O primeiro comando irá solicitar a senha do usuário root. Para o Ubuntu Linux, o comando apropriado é: {{{ sudo apt-get install intltool }}} O comando solicitará a senha do usuário. Caso você esteja usando outra distribuição, consulte a documentação da mesma para obter detalhes do procedimento de instalação. = Modificando o código da sua aplicação = Algumas pequenas modificações serão feitas, conforme exemplo abaixo: {{{#!python #!/usr/bin/env python # -*- coding: utf-8 -*- """Exemplo para i18n. OBS.: Não tente executar isto! O código é apenas ilustrativo. """ import gettext import pygtk pygtk.require("2.0") import gtk, gtk.glade APP = 'nomedoprograma' DIR = 'locale' gettext.bindtextdomain(APP,DIR) gettext.textdomain(APP) _ = gettext.gettext print _("String em português 1") print _("String em português 2") gtk.glade.bindtextdomain(APP,DIR) gtk.glade.textdomain(APP) .... }}} == Comentários == * As variáveis APP e DIR serão utilizadas para buscar um arquivo de tradução para o programa. Em tempo de execução, um arquivo <DIR>/<locale>/LC_MESSAGES/<APP>.mo será procurado, onde <locale> é um indicador do idioma, como pt_BR. Irei tratar deste arquivo em breve. * Costuma-se utilizar o símbolo "_" para representar o método gettext.gettext . Desta forma as strings que deverão ter suporte à internacionalização terão a forma _("string que pode ser traduzida"). * Durante o desenvolvimento do programa, é comum usar a variável DIR com o valor 'locale' ou 'po'. No entanto, é mais apropriado usar uma pasta do sistema específica para isto. Da mesma forma que os binários vão para `/usr/bin`, os arquivos de tradução geralmente vão para `/usr/share/locale`. * O arquivo gerado pelo Glade não será alterado. |
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Você precisará do intltool, um utilitário para internacionalizar documentos em XML. Se você usa Debian basta digitar: |
O programa intltool-extract extrai as strings de um arquivo do tipo GladeXML (no exemplo, `interface.glade`), e gera um arquivo `.h` (no exemplo, `interface.glade.h`): |
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apt-get install intltool | intltool-extract --type="gettext/glade" interface.glade |
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O programa intltool-extract extrai as strings de um arquivo glade (no exemplo "meuprograma.glade" e gera um arquivo .h (no exemplo "meuprograma.glade.h"): |
= Gerando o arquivo de tradução = Copie todos os arquivos com extensões py e o arquivo .h gerado pelo intltool para uma mesma pasta. Se os arquivos estão codificados em ASCII, execute o seguinte comando: |
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intltool-extract --type="gettext/glade" meuprograma.glade | xgettext -k_ -kN_ -o mensagens.pot *.py *.h }}} Caso os arquivos estejam codificados, por exemplo, em utf-8, o comando será: {{{ xgettext --from-code=utf-8 -k_ -kN_ -o mensagens.pot *.py *.h }}} Caso tudo ocorra com sucesso, um arquivo de tradução chamado mensagens.pot será gerado. Mais informações sobre o comando xgettext podem ser encontradas nas páginas de manual: {{{ man xgettext |
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Você não precisa editar esse arquivo (.h), ele será lido pelo xgettext. = Gerando o arquivo de tradução = |
= Criando arquivos de tradução = Para que seja possível criar traduções para outros idiomas é necessário criar os arquivos de internacionalização não compilados (PO) para cada idioma. Para criar o primeiro arquivo PO, com a língua nativa da aplicação (no nosso exemplo, português brasileiro), usaremos o comando msginit: |
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xgettext -k_ -kN_ -o messages.pot *.py *.h | msginit -i mensagens.pot -l pt_BR |
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vai criar um arquivo de tradução "messages.pot" a partir dos códigos fonte de python e dos arquivos .h gerados pelo intltool-extract. = Criando arquivos de tradução = Para que seja possível criar traduções para diferentes línguas é necessário criar um arquivo para cada uma. Isso é feito com msginit. Nesse exemplo ele cria o arquivo pt_BR.po adequado para a tradução para o português brasileiro: |
O arquivo pt_BR.po gerado será usado pela equipe de tradutores para gerar arquivos PO para outros idiomas. No entanto, para utilizá-lo no programa, iremos "compilá-lo" para um arquivo MO. |
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msginit -i messages.pot -l pt_BR | msgfmt pt_BR.po -o po/pt_BR/LC_MESSAGES/nomedomeuprograma.mo |
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A estrutura de diretórios deve existir para que seja possível gerar o arquivo de saída (.mo). | |
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Tendo traduzido o arquivo pt_BR.po é necessário gerar o arquivo que será usado pelo programa: |
Você poderia salvar o arquivo mo em outra pasta, mas os últimos níveis de diretórios devem ser: <locale>/LC_MESSAGES/, onde, como visto anteriormente, <locale> é uma sigla que representa o idioma utilizado, como por exemplo pt_BR. |
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{{{ msgfmt pt_BR.po -o po/pt/LC_MESSAGES/meuprograma.mo }}} |
= Finalizando = Após todos os processos descritos anteriormente, a aplicação deverá conter, além dos códigos em Python e do arquivo GladeXML, os arquivos de extensão mo, na pasta apropriada (vide variáveis APP e DIR). A estrutura recomendada para todos as arquivo é: |
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Não importa o nome do diretório onde você coloque o arquivo *.mo, mas a estrutura desse diretório tem que ser <diretório>/<locale>/LC_MESSAGES/<nome-do-programa>.mo. Onde <locale> é algo como pt ou pt_BR. |
* /usr/bin/nome-do-programa.py * /usr/share/locale/pt_BR/LC_MESSAGES/nome-do-programa.mo * /usr/share/locale/en/LC_MESSAGES/nome-do-programa.mo * ...(outros idiomas)... * /usr/share/nome-do-programa/glade/interface.glade * ...(outros itens associados a entradas de menu, ícones, documentação, etc.)... |
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= Fazendo seu programa reconhecer as traduções = Tipicamente um programa de python usando o libglade terá strings para serem traduzidas tanto no programa python quanto no arquivo glade. Para lidar com as strings na parte em python pode-se usar o módulo gettext. Todas as strings a serem traduzidas deverão usar o método gettext desse módulo: {{{ #!python print gettext.gettext("Texto a ser traduzido") }}} Porém é muito mais prático usar o formato _(<string>), mas para isso deve-se definir _ como gettext.gettext: {{{ #!python _ = gettext.gettext print _("Texto a ser traduzido") }}} O local padrão para os arquivos com mensagens de tradução é geralmente "/usr/share/locale", mas enquanto estiver desenvolvendo seu programa é bastante útil tê-los em um diretório local, algo como "i18n" ou "po": {{{ #!python APP='meuprograma' DIR='po' }}} Um exemplo mais completo ficaria como: {{{ #!python import gettext APP='meuprograma' DIR='po' gettext.bindtextdomain(APP, DIR) gettext.textdomain(APP) _ = gettext.gettext gtk.glade.bindtextdomain(APP, DIR) gtk.glade.textdomain(APP) gui = gtk.glade.XML("meuprograma.glade") ..... }}} = Contribuições = Esse texto ainda está sendo escrito, por favor não deixe de mandar correções e sugestões para kroger em pedrokroeger.net. = Copyright = (C) 2004 Pedro Kroger. Esse documento está licenciado sob a ''GNU Free Documentation License'', publicada pela ''Free Software Foundation''. É permitido distribuir cópias deste manual, desde que se forneça o ''Copyright'' em todas as cópias. Se você pretende incluir este documento em alguma publicação, por favor contate o responsável e nós trabalharemos para garantir que todo documento esteja atualizada e de acordo com as informações disponíveis. |
É interessante guardar o PO gerado para que a equipe de tradutores possa gerar outros catálogos de mensagens baseados no original. Então, estes arquivos são compilados e os arquivos MO de saída são inseridos na aplicação. Há editores apropriados para a edição destes catálogos de mensagens, como o poEdit. |
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http://www.async.com.br/faq/pygtk/index.py?req=show&file=faq22.002.htp | * http://www.async.com.br/faq/pygtk/index.py?req=show&file=faq22.002.htp * http://wiki.laptop.org/go/Python_i18n * http://www.python.org/doc/2.5.2/lib/node731.html * http://www.learningpython.com/2006/12/03/translating-your-pythonpygtk-application/ |
Internacionalizando programas feitos com PyGtk e LibGlade
Leandro Resende Mattioli
Última atualização: 02/02/2009
Conteúdo
Introdução
Este pequeno tutorial mostra como utilizar a internacionalização (i18n) em aplicações Python que utilizam PyGtk e LibGlade. Com a internacionalização, o idioma do programa é definido em tempo de execução, de acordo com variáveis do sistema. As etapas aqui descritas servem para qualquer sistema operacional GNU/Linux baseado na distribuição Debian, como por exemplo o Ubuntu. Com algumas modificações, no entanto, é possível aproveitar este tutorial para outras distribuições ou mesmo outros sistemas operacionais.
Pré-requisitos
Este tutorial parte do princípio que o leitor esteja familiarizado com algum ambiente GNU/Linux baseado no Debian GNU/Linux (ou o próprio Debian, é claro). Além disso, o tutorial supõe que o leitor já tenha uma aplicação feita em PyGtk e LibGlade.
Breve introdução à internacionalização
(em construção...)
Ferramentas utilizadas
Os seguintes pacotes deverão estar instalados:
A maioria destes pacotes já vêm configurados por padrão praticamente em todas as distribuições Linux atuais. Caso seja necessário instalar, por exemplo, o intltool no Debian, basta executar os seguintes comandos:
su apt-get install intltool
O primeiro comando irá solicitar a senha do usuário root.
Para o Ubuntu Linux, o comando apropriado é:
sudo apt-get install intltool
O comando solicitará a senha do usuário.
Caso você esteja usando outra distribuição, consulte a documentação da mesma para obter detalhes do procedimento de instalação.
Modificando o código da sua aplicação
Algumas pequenas modificações serão feitas, conforme exemplo abaixo:
1 #!/usr/bin/env python
2 # -*- coding: utf-8 -*-
3
4 """Exemplo para i18n.
5
6 OBS.: Não tente executar isto! O código é apenas ilustrativo.
7
8 """
9
10 import gettext
11 import pygtk
12 pygtk.require("2.0")
13 import gtk, gtk.glade
14
15 APP = 'nomedoprograma'
16 DIR = 'locale'
17
18 gettext.bindtextdomain(APP,DIR)
19 gettext.textdomain(APP) _ = gettext.gettext
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21 print _("String em português 1")
22 print _("String em português 2")
23
24 gtk.glade.bindtextdomain(APP,DIR)
25 gtk.glade.textdomain(APP)
26
27 ....
Comentários
As variáveis APP e DIR serão utilizadas para buscar um arquivo de tradução para o programa. Em tempo de execução, um arquivo <DIR>/<locale>/LC_MESSAGES/<APP>.mo será procurado, onde <locale> é um indicador do idioma, como pt_BR. Irei tratar deste arquivo em breve.
- Costuma-se utilizar o símbolo "_" para representar o método gettext.gettext . Desta forma as strings que deverão ter suporte à internacionalização terão a forma _("string que pode ser traduzida").
Durante o desenvolvimento do programa, é comum usar a variável DIR com o valor 'locale' ou 'po'. No entanto, é mais apropriado usar uma pasta do sistema específica para isto. Da mesma forma que os binários vão para /usr/bin, os arquivos de tradução geralmente vão para /usr/share/locale.
- O arquivo gerado pelo Glade não será alterado.
Extraindo as mensagens do Glade
O programa intltool-extract extrai as strings de um arquivo do tipo GladeXML (no exemplo, interface.glade), e gera um arquivo .h (no exemplo, interface.glade.h):
intltool-extract --type="gettext/glade" interface.glade
Gerando o arquivo de tradução
Copie todos os arquivos com extensões py e o arquivo .h gerado pelo intltool para uma mesma pasta. Se os arquivos estão codificados em ASCII, execute o seguinte comando:
xgettext -k_ -kN_ -o mensagens.pot *.py *.h
Caso os arquivos estejam codificados, por exemplo, em utf-8, o comando será:
xgettext --from-code=utf-8 -k_ -kN_ -o mensagens.pot *.py *.h
Caso tudo ocorra com sucesso, um arquivo de tradução chamado mensagens.pot será gerado.
Mais informações sobre o comando xgettext podem ser encontradas nas páginas de manual:
man xgettext
Criando arquivos de tradução
Para que seja possível criar traduções para outros idiomas é necessário criar os arquivos de internacionalização não compilados (PO) para cada idioma. Para criar o primeiro arquivo PO, com a língua nativa da aplicação (no nosso exemplo, português brasileiro), usaremos o comando msginit:
msginit -i mensagens.pot -l pt_BR
O arquivo pt_BR.po gerado será usado pela equipe de tradutores para gerar arquivos PO para outros idiomas. No entanto, para utilizá-lo no programa, iremos "compilá-lo" para um arquivo MO.
msgfmt pt_BR.po -o po/pt_BR/LC_MESSAGES/nomedomeuprograma.mo
A estrutura de diretórios deve existir para que seja possível gerar o arquivo de saída (.mo).
Você poderia salvar o arquivo mo em outra pasta, mas os últimos níveis de diretórios devem ser: <locale>/LC_MESSAGES/, onde, como visto anteriormente, <locale> é uma sigla que representa o idioma utilizado, como por exemplo pt_BR.
Finalizando
Após todos os processos descritos anteriormente, a aplicação deverá conter, além dos códigos em Python e do arquivo GladeXML, os arquivos de extensão mo, na pasta apropriada (vide variáveis APP e DIR). A estrutura recomendada para todos as arquivo é:
- /usr/bin/nome-do-programa.py
- /usr/share/locale/pt_BR/LC_MESSAGES/nome-do-programa.mo
- /usr/share/locale/en/LC_MESSAGES/nome-do-programa.mo
- ...(outros idiomas)...
- /usr/share/nome-do-programa/glade/interface.glade
- ...(outros itens associados a entradas de menu, ícones, documentação, etc.)...
É interessante guardar o PO gerado para que a equipe de tradutores possa gerar outros catálogos de mensagens baseados no original. Então, estes arquivos são compilados e os arquivos MO de saída são inseridos na aplicação. Há editores apropriados para a edição destes catálogos de mensagens, como o poEdit.